Massagem tântrica, massagem yoni, massagem lingam, massagem genital…muitas pessoas entram em contato comigo curiosas em experimentar tal massagem e seus efeitos. Mas qual sua origem? Quais seus benefícios como terapia? E porque ela funciona?
Nesse artigo vou tentar desmistificar essa técnica que ainda está envolta em muitos tabus e preconceitos por lidar com uma parte do nosso corpo que, ao mesmo tempo, é tão importante e tão negligenciada, tanto no âmbito pessoal quanto por profissionais que, talvez para se protegerem dentro dos moralismos de uma sociedade de base judaico-cristã, os tratam com uma impessoalidade ímpar. Impessoalidade tal que não deveriam corresponder com o centro dos nossos maiores prazeres…assim como nossas maiores dores: nossos genitais.
Como foi criada a massagem tântrica?
A história da massagem tântrica como conhecemos tem origem em 1982 com o americano Joseph Kramer que, após passar anos estudando técnicas de respiração e massoterapias desenvolveu o que ele chamou de “Massagem Erótica Taoísta”. A técnica consistia em, sob o ponto de vista do sistema de meridianos energéticos do corpo, os ensinamentos sexuais Taoistas e da respiração consciente, intensificar o fluxo energético corporal. O objetivo não era a ejaculação, mas sim o sentir do fluxo de energia. Em como a energia sexual e a excitação circulam pelo corpo e intensificar o fluxo energético.
Em pleno ápice da epidemia de AIDS a técnica rapidamente se espalhou pois muitos homens queriam conhecer maneiras de como ter experiências intensas e orgásticas sem ejaculação, ou seja, limitando o perigo de um possível contágio.
Joseph produziu alguns materiais, gravou fitas cassetes e desenvolveu cursos que ele mesmo intitulou “O Êxtase Sexual” e “Sexo saudável”.
Em 1986 Annie Sprinkle, prostituta e artista desde os 18 anos e auto-intitulada “curandeira sexual” ouviu algumas fitas dos cursos de Kramer. Na época ela já trabalhava como editora da revista Penthouse e estava preparando um artigo sobre sexo e espiritualidade e estava evidente que ele entendia muito do assunto, então ela ligou para Joseph e marcou uma entrevista em Nova Iorque.
Então Annie decidiu participar do curso de respiração chamado “Renascimento Tântrico” de Kramer. Ela era a única mulher entre 40 homens gays. E lá experimentou seu primeiro orgasmo energético. Sem toques, com roupas, somente respirando. Foi uma experiência bem emotiva, espiritual e libertadora. E daquele dia em diante ela quis aprender tudo que Joseph poderia ensinar a ela.
Desde lá mantiveram contato enquanto Joseph viajava pelos EUA e Europa ensinando seu “Toque erótico para homens homossexuais”. Annie queria sentir a experiência que sua técnica proporcionava aos homens e convidou-o a fazer uma massagem nela. Como ele nunca havia feito uma massagem genital em uma mulher pediu para que Annie o guiasse. Ela já familiarizada com respiração consciente e, juntamente com toque de Joseph, ela entrou em um transe orgástico. Logo depois sugeriu que ambos tinham que trabalhar juntos para desenvolver uma massagem genital também para as mulheres.
Em 1993 eles começaram os trabalhos que resultaram no que hoje chamamos de “massagem yoni“. Estudaram exaustivamente a anatomia feminina e, juntos praticaram, listaram e definiram cada etapa do processo de massagem. Para lançar a técnica criaram um seminário chamado “A Semana da Consciência do Orgasmo Cósmico” que contou com a participação de 40 homens e mulheres em um centro espiritual na Califórnia.
No começo a massagem yoni (na vagina) era praticada de maneira muito parecida com a massagem lingam (no pênis). Durante o primeiro seminário de Consciência do Orgasmo Cósmico a coach sexual e pesquisadora K. Ruby percebeu isso e, juntamente com Chester Mainard, um dos professores da Escola de Joseph Kramer, começou a refinar a massagem para chegar a algo mais condizente com as necessidades e capacidade orgástica femininas.
Hoje Joseph é fundador e dono do Instituto de Sexologia Somática, na Califórnia, com filiais pelo mundo, inclusive no Brasil, onde formam Educadores Sexuais Somáticos (Sexologycal BodyWorkers), formação e prática reconhecidas pela Associação Americana de Medicina. Annie hoje é PhD em sexualidade e continua trabalhando como diretora, artista e educadora sexual. Se alto denomina “EcoSexual” com vários artigos escritos e eventos sobre o assunto.
Assim como Ruby e Mainard a prática das massagens genitais passaram ao longo dos anos por vários mestres que as usaram como base para refinar o processo assim como desenvolver suas próprias técnicas. No Brasil a mais utilizada hoje é o Método Deva Nishok, do Instituto Metamorfose. Esse método foca na energia orgástica e manutenção da mesma para quebra de couraças. O método se difere do desenvolvido por Joseph e Annie como quanto ao uso de vibrador na massagem yoni afim de estimular a manutenção de um nível orgástico e tratar a ejaculação como algo natural do desenvolvimento, enquanto Joseph usava a manutenção do nível de excitação em patamares próximos a ejaculação, entre outros.
É bom ressaltar que não existe técnica certa ou errada, todos os métodos tem resultados incríveis em cunho terapêutico e é sempre importante que o Terapeuta Tântrico continue estudando e se aprimorando para que possa, com propriedade, definir a melhor prática para cada caso, ou inclusive misturá-las para chegar a melhores resultados no decorrer das sessões.
Massagem Lingam
“Um dia após finalizar uma sessão de massoterapia o homem que está deitado na maca me pergunta: “Tem certeza que não esqueceu nenhuma parte do meu corpo?”. Eu fiquei perplexo e irritado, até porque, até aquele momento o chamado curativo, que me fez estudar massoterapia em nada tinha a ver com tocar um pênis.
Quando aquele homem estava indo embora ele ainda falou: ” Eu me senti ferido depois da sua massagem.” Eu fiquei sem palavras. Seria possível eu ferir e magoar uma pessoa por não ter tocado seu pênis?
Durante as semanas seguintes fiquei me questionando se, em alguma ocasião, eu teria me sentido sexualmente abusado durante minhas sessões de massagem. E percebi que eu mesmo carregava profundos traumas para com meus próprios genitais. Seria possível que eu transmitisse minhas próprias feridas a outras pessoas em cada sessão de massagem?”
Se eu quisesse incluir massagem peniana nas minhas sessões eu teria que saber mais sobre isso. Infelizmente na época eu não tinha acesso a professores de massagem erótica, então comecei a testar em mim mesmo. Comecei a experimentar diferentes tipos de toque, alguns mais fortes, outros mais leves, mais rápidos e mais lentos. Algumas vezes no ritmo do meu corpo e em outras no ritmo da minha respiração.
Aos poucos fui deixando de lado minhas crenças sobre sexualidade e erotismo e assim minha vida começou a ser mais leve e menos definida pelos padrões da sociedade. Eu me sentia mais livre e comecei a usar o que havia aprendido praticando em sessões de massagem em outros homens. E assim, durante os últimos 25 anos eu tenho ensinado massagem lingam a mais de 5.000 homens e mulheres em todo o mundo.
(Joseph Krammer. Criador da massagem lingam e co-criador da massagem yoni)
Genitais como canais de cura.
Tanto no Tantra como no Taoismo não só os genitais mas todo o assoalho pélvico tem papel central na nossa saúde física e emocional. Para o Tantra é o local onde reside a Kundalini, que fica adormecida na região do períneo. Para a Medicina Tradicional Chinesa os dois vasos energéticos principais (Governador e Concepção) se originam no mesmo ponto. Para a massoterapia o períneo tem papel central na origem de nossas energias assim como o relaxamento do assoalho pélvico na elevação dessa energia rumo a consciência (Tantra) ou para cura de doenças (Tao).
A medicina ocidental no último século tem alcançado consideráveis descobertas (já praticadas a milênios no oriente) quanto a desbloqueio e relaxamento pélvico e a influencia em questões emocionais e disfunções sexuais.
Atuação no sistema autônomo no corpo. Enquanto o sistema parasimpático é responsável pela excitação (ereção – do pênis e do clitóris) o simpático é responsável pelo orgasmo.
Em alguns modelos de massagem tântricas trabalhamos conscientemente com o estímulos de pontos de acupressão muito parecidos aos da acupuntura e do shiatsu para desbloqueio energético. O Mapeamento Vulvo-Vaginal, técnica ensinada na Sexologia Somática, é um grande exemplo onde, através da interação com a interagente, o terapeuta pode identificar pontos de dor e insensibilidade dentro da vagina e massageá-los afim de soltar nós energéticos e assim fazer com que a energia sexual flua de forma mais orgânica, melhorando quadros de disfunções sexuais e/ou emocionais resultantes de experiências traumáticas da mulher.
Alguns pontos de acupressão que estimulam o fluxo de energia sexual.
Técnicas como o Karsai Nei Tsang, de origem tailandesa, utilizam acupressão em pontos variados da pelve, incluindo períneo, glúteos e ânus, para intensificar o desbloqueio da energia da área. Muitos desses pontos são os utilizados nas técnicas ocidentais de DeArmoring com grande eficiência.
Reflexologia sexual
Como já falamos um pouco no artigo sobre meridianos a área reflexológica mais intensa do nosso corpo são nossos genitais, pois eles armazenam nossa energia sexual (energia básica) que alimenta todo o nosso fluxo energético. Portanto o sexo consciente, ou até mesmo o toque consciente nos genitais pode ser incrivelmente curativo, muito mais que reflexologia das mãos ou dos pés. O taoismo ensina diversas técnicas de sexo curativo onde se estimulam conscientemente partes específicas dos genitais a fim de ter reações corporais distintas. Anatomicamente nossos genitais estão diretamente ligados ao nosso cérebro através do sistema autônomo, que percorre a espinha até nossa medula (alguma ligação com a kundalini não deve ser mera coincidência). A estimulação consciente faz com que possamos estimular esses nervos e assim ampliar o processo curativo do corpo através do sexo.
Reflexologia do Pênis e Vagina
Já é cientificamente comprovado que estados pré orgásticos liberam hormônios extremamente benéficos que estimulam o metabolismo, eliminam toxinas e melhorar nosso sistema imunológico. O orgasmo em si relaxa o corpo, alivia tensão e o estresse, reduz cólicas pré menstruais e dominui sintomas de ansiedade e depressão. Porque ainda temos tanta resistência em nos tocar e sentir prazer se é um remédio tão bom?
Anatomia do prazer
Creio que já ficou clara a importância da presença e da respiração durante a massagem (assim como em toda nossa vida sexual). Mas também é importante saber um pouquinho de como se dá o prazer em nosso corpo.
E está enganado quem pensa que nosso prazer está limitado a nosso pênis ou vagina. Mas ele engloba o corpo todo, e explorá-lo é importantíssimo, seja com carinhos ou com massagens de corpo todo antes de ir para o centro da pelve (é como sexo, o corpo precisa ser aquecido antes de ser estimulado em seu centro sexual, e assim pegar fogo.).
O corpo pode ser separado em zonas azuis (menos sensíveis), amarelas (sensibilidade média) e vermelhas (muito sensíveis). Essas zonas podem variar de pessoa a pessoa e é legal perguntar para o parceiro ou parceira onde ela gosta mais de ser tocada, seja antes ou durante a massagem. Comunicação clara e objetiva, assim como consenso, é algo essencial também no processo da massagem (assim como em qualquer relacionamento.
Zonas erógenas masculinas e femininas. Ilustrações por: @lolavendetta
A comunicação se estende a massagem genital. Pessoas diferentes gostam de velocidades e tipos de toques diferentes. E saber o que seu parceiro(a) gosta é bem importante, tão importante quanto falar sem pudores do que gosta e como gosta.
Costumamos negligenciar os grandes e pequenos lábios e focarmos no clitóris e no ponto G. O próprio clitóris pode ser estimulado de infinitas maneiras diferentes e o canal vaginal contém diversos outros pontos de prazer, assim como pontos de concentração energética importantes a serem estimulados tanto na massagem quanto no sexo.
Quanto ao pênis, ele é tão negligenciado quanto. Negligenciamos o saco escrotal (feito do mesmo tecido dos grandes lábios), o períneo (que além de ser um ponto importantíssimo para despertar energético é uma zona extremamente sensível a ser estimulada). E muitas mulheres desconhecem a importância do frênulo peniano, é o ponto mais sensível do pênis, feito do mesmo tecido que, no desenvolvimento fetal, forma o clitóris.
Nossos genitais são formados pelos mesmos tecidos. O único órgão exclusivamente feminino (que o homem não possui um tecido equivalente) é o útero.
“Nossa sexualidade não é apenas algo que pode ser usado para melhorar seu relacionamento, por prazer físico ou para procriação. Também pode ser usado para transformação pessoal, cura física e emocional, auto-realização e crescimento espiritual, e como maneira de aprender sobre toda a vida e morte. Essa é a intenção desta massagem”.
(Annie Sprinkle, co-criadora da massagem yoni.)
Fases da Massagem Tântrica
Lingam significa “bastão de luz” em sânscrito hindu, é a definição para o genital masculino. Não só o pênis, mas também o escroto e a próstata, como sistema reprodutor (e de prazer) completo.
Yoni é a palavra em sânscrito referente ao genital feminino em sua totalidade, incluindo vulva, vagina, útero e ovários. Significa “passagem divina”, “fonte de vida” ou até “Templo Sagrado”
O método desenvolvido por Joseph Kramer tem 9 fases. De acordo com o método aprendido, e também se está sendo praticado entre um casal ou como processo terapêutico, eles podem variar.
Fase 01 – Honrando a Shakti/o Shiva: Tudo no Tantra é feito lentamente e com presença. Seja seu parceiro ou seu interagente, antes de tocar o corpo de alguém deve-se honrar, respeitar e pedir permissão ao toque. Todo corpo é sagrado, toda energia é potente e deve ser tratada e respeitada como tal. Existem várias maneiras de honrar seu Shiva, seja observando, meditando e recitando mantras (no caso do processo terapêutico) ou até sentando de frente com o parceiro buscando conexão através do olhar.
Fase 02 – Massagem de corpo inteiro: O toque no corpo todo é essencial para estabelecer a conexão entre o casal ou o interagente/Terapeuta. Serve para relaxar, para que o corpo se entregue ao toque e entenda que ele é amoroso e curativo e não deve ser interpretado como hostil e invasivo. É importante que o toque começa de maneira suave e lenta para não assustar o corpo ou despertar qualquer gatilho. Também existem vários modelos de massagem. No âmbito terapêutico a mais utilizada é a massagem Sensitive, porém podemos fazer toques de resiliência ou até massagens que guiam as energias dos meridianos, parecidos com o Zen Shiatsu. O toque carinhoso, com amor e presença é mais importante que qualquer técnica. É o momento de construção da proximidade e intimidade com o outro.
Fase 03 – Despertando o desejo: É uma fase de transição para o começo da massagem genital. Nossa pelve é uma área cheia de repressões e traumas, portanto cheia de gatilhos, é importante preparar o corpo para o toque. Massagem em outras áreas sensíveis como pescoço, rosto, parte interna das coxas, púbis, mamilos e seios podem ir despertando e preparando o corpo para um toque mais íntimo. Essa fase também pode ser feita de diversas maneiras como sequência da Sensitive ou toques de despertar sexual Taoistas. No Karsai Nei Tsang se pressionam pontos específicos para desbloqueio da pelve e fluxo energético.
Fase 04 – Da raíz à flor/Abertura da flor: Na fase 04 começamos as manobras na parte externa da vagina (grandes e pequenos lábios) estimulando a excitação e as glândulas responsáveis pela lubrificação. Assim como o saco escrotal e o períneo, no caso da massagem lingam, também despertando o chakra raíz e a produção de hormônios de excitação.
Fase 05 – Estimulando a pérola/Despertando o Lingam: É o ponto onde fazemos manobras no clitóris ou na glande e frênulo do pênis. É muito importante que, nessa fase, o homem não ejacule, mantendo a excitação entre os 80 e 90% para que o corpo libere hormônios curativos e ele não perca as sensações que ainda estão por vir. Já para a mulher é absolutamente normal ter orgasmos clitorianos nessa fase, como a mulher é multiorgástica por natureza quanto mais e diferentes orgasmos experimentarem melhor, porém não deve ser um objetivo por si só, o objetivo aqui é, para ambos os sexos, sentir o corpo e as ondas de prazer que se espalham por ele.
Fase 06 – Entrando no portal sagrado/Surfando nas ondas: A fase 6 é quando intensificamos o prazer, incentivando para que, através principalmente da respiração, ele se espalhe pelo nosso corpo desgenitalizando o orgasmo e fazendo nosso parceiro ou interagente relaxar e dissolver suas couraças. É o momento onde emoções podem aflorar, como choro ou riso. Nessa fase é feita a estimulação do canal vaginal em todos os pontos buscando pontos de prazer, dor ou insensibilidade. No caso do homem, as manobras se estendem pelo pênis como um todo, podendo se estender para a barriga e até para o peito (chakra coronário). Nessa fase pode ocorrer a ejaculação, porém essa pode ser redirecionada, com a prática, pela respiração e conscientização do corpo.
Fase 07 (exclusiva para massagem Yoni) – Estimulando o Ponto G: As mulheres ganham uma fase a mais na massagem onde, após a energia sexual ser estimulada, ampliada e trabalhada, estimulamos o ponto G para manter a onda orgástica o maior tempo possível, possibilitando a manutenção do processo curativo como um todo. Em algumas técnicas são usados somente ou dedo, em outras dois e até 3 dedos. Outras técnicas utilizam o estímulo do clitóris juntamente com o ponto G para intensificar o processo (no método Deva Nishok o uso do vibrador com estímulo do Ponto G é bastante comum). Lembre-se de que, no caso de uma sessão de Terapia Tântrica, todo o processo deve ser descrito e consentido ANTES da sessão.
Fase 08 – Finalização: Agora o intuito é aos poucos acalmar a energia, fazê-la distrubuir-se para o coração ou até o chakra do terceiro olho. Caso seu parceiro(a) ou interagente não tenha atingido o orgasmo pode utilizar algumas tecnicas para espalhar a energia sexual retida.
Fase 09 – Integração: É o momento individual da pessoa que recebeu a massagem. Um momento importante para que ela fique com ela mesma, sem nenhum tipo de toque, porém com a presença do parceiro ou terapeuta ao lado. É o momento de assimilação das emoções e sensações experienciadas durante todo o processo. Você pode tapar a pessoa com uma canga, lençol ou cobertor e deixe ela integrar pelo tempo que ela achar necessário.
Existem uma série de diferentes manobras para as massagens genitais. Elas são bem diferentes das manobras masturbatórias e, como vimos nesse artigo, visam trabalhar ligações energéticas/anatômicas diretas com nosso cérebro fazendo do processo uma terapia, trabalhando corpo e mente como um todo com o objetivo de dissolver bloqueios e liberar emoções reprimidas.
Importante: Numa sessão terapêutica o Terapeuta SEMPRE permanece vestido e usa luvas descartáveis durante a massagem genital. A energia trabalhada é somente a do interagente. Não aceite qualquer toque que não seja das mãos e antebraços, nudez ou toque genital sem métodos de assepsia (como o uso de luvas descartáveis).
Caso tenha interesse em aprender mais pode agendar um curso livre de massagem (voltado para uso com seus parceiros) ou pode marcar uma sessão para experimentar.
E o ânus? Ele não é trabalhado?
O ânus, apesar de ser uma importante zona reflexológica e de prazer, é trabalhado somente em casos mais avançados e após algumas sessões. Existem técnicas de massagem prostática que visam despertar o prazer e o equilíbrio yin/yang masculino e também técnicas de liberação anal que são extremamente curativos a ambos os sexos, já que o ânus é o ponto onde guardamos nossas mais profundas angústias e medos. Por causa de resistências e falta de consciência corporais esse tipo de prática é extremamente forte e desperta emoções que sim, devem ser eliminadas, porém tem que ser despertadas de maneira gradual para que não causem ainda mais dano.
Zonas do períneo e ao redor do ânus podem começar a ser trabalhados mais cedo, seja pra desbloqueio de couraças pélvicas ou acupressura de pontos para liberação de fluxo energético. O método Deva Nishok contém massagem prostática como prática avançada masculina para consciência corporal e de novos níveis de prazer e a sexologia Somática técnicas de liberação anal também como prática avançada para desbloqueio pélvico e tratativa de liberação energética.
O ânus pode ser uma zona erógena muito intensa e importante para ambos os sexos e explorada livremente não só como cura, mas como importante canal de manifestação de sua sexualidade e prazer. Em ambas as situações pode ser um lugar de cura e muito prazer, desde que aproveitado com muito cuidado e empatia, seja do parceiro(a) ou do Terapeuta.