Nosso corpo é repleto de zonas erógenas e todos nós, independente do gênero, somos capazes de ter orgasmos em várias partes do corpo que não os genitais.
Portanto se explore e explore seu parceiro. Por mais que aqui falaremos da anatomia genital há um mundo inteiro a ser explorado fora dessa pequena zona em que colocamos tanta atenção. E cada ser é único, se deixe ser explorado, descubra novos lugares e foras de prazer. Assim como sirva de guia para. que sua parceria tenha a mesma oportunidade de se conhecer. E assim se divertirem muito. nosso corpo deve ser menos um alvo de tabus, vergonhas, culpa e auto-restrições e mais um playground de prazer e contato de nossa consciência com o mundo externo.
Assoalho pélvico masculino: Um poço de prazeres desconhecidos.
Mesmo nós que temos pênis nos exploramos muito pouco. Tendemos a nos acostumar com o mesmo movimento de vai-e-vem e aquele orgasmo ejaculatório xoxo e restrito ao genital. Que nos satisfaz por muito pouco tempo.
Existem pessoas que nunca tocaram seu próprio saco para sentirem que tipo de sensação podem ter. Ou o períneo. O ânus então? Zona proibida!
E imagina a possibilidade de tocar, explorar e estimular mais de uma dessas zonas ao mesmo tempo? Você está perdendo a oportunidade de conhecer seu corpo por causa de crenças bobas que não fazem sentido nenhum.
Os nervos pélvicos começam no cerebelo, descem pela coluna e se ramificam no assoalho pélvico. Portanto estimulando toda a região você está diretamente estimulando os sistemas mais primitivos de seu cérebro. O ato de ser tocado, se tocar ou fazer sexo pode ser extremamente curativo e um canal para ressignificação de vários traumas e relação como corpo, relacionamentos e sexualidade. E é talvez a única forma de alcançar tal grau de penetração, já que o restante das ramificações dessa enervação está em outros órgãos internos, inacessíveis e protegidos do nosso toque.
Vamos conhecer a fundo cada uma das partes que podem nos levar a outros estados de consciência? É importante entender a anatomia variada do assoalho pélvico. A maior parte é visível – o corpo, a glande, o prepúcio, o frênulo, a abertura da uretra, o escroto e o períneo – enquanto outras partes, como a próstata, os testículos e o reto, podem ser sentidas, mas não vistas. Aproveite essa viagem.
Pênis
O lingam (pênis em hindi – significa “bastão de luz”e é um termo de reverência e amor, não temos um termo em português que expresse dessa maneira, então usarei “lingam”em boa parte do artigo) é a “varinha mágica” de todo homem. Mas, como uma planta ou um animal de estimação, requer carinho para manter seus poderes. Se lhe dermos respeito, amor e toque, o lingam nos ensinará uma nova forma de amor e energia criativa. Em nossa cultura, no entanto, o lingam é frequentemente “usado” como um órgão penetrante ou satisfatório, em vez de profundamente amado.
O pênis é formado pelo eixo ou corpo e glande. Entre esses dois pontos se destaca o prepúcio, que em não-circuncidados recobre e protege a glande. E o frênulo, que é a parte mais sensível do pênis, formado pelo mesmo tecido embrionário do clitóris.
O tamanho de um pênis não ereto dá pouca indicação de seu tamanho máximo. Existem lingams que são grandes quando em repouso, mas mal crescem quando eretos (isso é chamado de baixo “fator de inchaço”), enquanto há outros pênis que dobram de tamanho durante a ereção.
Corpo Peniano e Tecido erétil
O eixo do pênis começa pelo períneo, se extende por trás do saco escrotal e termina na “cabeça” saliente ou glande (glande do pênis) que fica no eixo como a cabeça de um cogumelo. A pele ao redor da parte externa do eixo é macia e móvel; a pele da glande é geralmente mais vermelha do que a do eixo. Se o homem não for circuncidado, a glande é coberta pelo prepúcio, que é uma extensão da pele do eixo que recobre e protege a glande. Puxando cuidadosamente o prepúcio para trás, você verá e sentirá que a pele entre o eixo e a glande é mais fina e mais sensível do que em outros lugares. Na frente da glande, o frênulo o conecta à parte inferior do pênis.
O pênis é composto principalmente de diferentes tipos de tecido erétil – especificamente, duas colunas paralelas chamadas de “corpos cavernosos”, e um único corpo esponjoso central que contém a uretra. Ambos os tecidos eréteis são compostos de muitos vasos sanguíneos em forma de piscina dentro de uma base esponjosa que pode absorver sangue e inchar, causando assim uma ereção. Quando eretos, os tecidos eréteis contêm cerca de oito a dez vezes (!) mais sangue do que quando não eretos.
Normalmente, as artérias de entrada estão apertadas e os músculos tensos, o que impede que o sangue preencha os corpos cavernosos. No entanto, quando estímulos sexuais de qualquer tipo atingem o cérebro de um homem enquanto ele está relaxado, eles estimulam os impulsos nervosos que viajam do cérebro para os nervos do pênis através da medula espinhal. Nas terminações nervosas, várias enzimas neurotransmissoras são liberadas em quantidades crescentes à medida que os estímulos percebidos continuam. Isso leva a uma expansão dos vasos sanguíneos e um relaxamento dos músculos nos tecidos eréteis. As artérias de entrada do lingam podem se abrir e o sangue entra no tecido erétil. A velocidade do fluxo sanguíneo dobra e os tecidos incham com sangue.
A remoção de sangue é regulada pelas veias do pênis. Quando o pênis está flácido, o tecido da veia está aberto, permitindo um fácil retorno do sangue do pênis para o coração. À medida que um homem fica excitado, o tecido da veia se contrai, reduzindo o retorno do sangue a um fio e aumentando o volume do tecido erétil. E assim o lingam cresce e fica ereto.
A glande
Depois de explorar completamente o eixo do lingam, agora é hora de continuar com a glande, o prepúcio, a borda da glande e o frênulo. Essas partes do pênis estão entre as zonas erógenas mais fortes. Mas, como observado anteriormente, quando flácido os estímulos nesses pontos devem ser leves ou medianos.
A glande é a coroa do lingam. É uma parte muito sensível que abriga muitas terminações nervosas, incluindo um nervo principal – nervus dorsalis penis – que atravessa a parte superior do corpo esponjoso. Esses nervos estão conectados diretamente com o cérebro e transmitem informações sobre o estado de excitação, ereção e, quando chegar a hora, ejaculação.
A camada superior da pele da glande é muito fina – especialmente entre os homens que não são circuncidados – e abriga várias terminações nervosas livres que podem registrar até os menores estímulos. Quando está ereto em volta da coroa da glande ficam mais visíveis as glândulas de Tyson, pequenas bolinhas responsáveis pela lubrificação da glande para que a penetração seja facilitada. Cerca de 40% dos homens tem essas pápulas mais evidentes e até esbranquiçadas, que são chamadas de “pápulas peroladas”(Genital Papillaris Hirsuties) são estruturas benígnas sem nenhum sintoma e sem causa específica. Geralmente por falta de informação, são confundidas com IST’s.
Enquanto o eixo do pênis pode ser tocado livremente, a glande requer muito cuidado. Se um toque é percebido como agradável ou desagradável está em grande parte relacionado à forma como é feito e ao quão relaxados estão os parceiros que dão e que recebem. Lembre-se que ele é um canal de comunicação direta com o cérebro e, consequentemente, emoções profundas.
Na ponta da glande está a abertura da uretra, que tem uma função dupla: tanto o ejetar o sêmen – uma mistura de secreções dos testículos, vesículas seminais, próstata e glândulas de Cowper – e a urina da bexiga são excretadas aqui, embora nunca ao mesmo tempo.
Existe uma grande variedade de formatos e tamanhos de pênis, mas qualquer um é grande o suficiente para ser sexualmente estimulante, especialmente para orgasmos do ponto G ou prostático, já que ambos ficam apenas 2,5 a 7,5 centímetros dentro da vagina (ponto G) ou do ânus (próstata – também chamada de “ponto P”).
Frênulo – O clitóris do pênis
O frênulo é a pele que conecta o corpo do pênis com a glande, impedindo-o que ele deslize para baixo. As terminações nervosas do frênulo são muito sensíveis, o que torna o toque cuidadoso desse ponto, principalmente quando ereto, é a zona mais prazerosa do pênis.
Nos lados esquerdo e direito do frênulo, bem como imediatamente abaixo da borda da glande, está o chamado “clitóris masculino” – uma área que corresponde aproximadamente ao clitóris feminino. Essa área delicada e prazerosa muitas vezes não é explorada, uma vez que a ejaculação e o orgasmo geralmente são ocasionados simplesmente pela pela fricção da glande.
Embora o clitóris masculino corresponda ao clitóris feminino de muitas maneiras, seus sinais orgásticos são mais sutis nos homens do que nas mulheres. Se essa área for bem massageada e acariciada, pode se tornar uma fonte de grande prazer.
A área à esquerda e à direita do frênulo, abaixo da glande na parte inferior do lingam existem várias glândulas que secretam fluidos, e é importante que os homens lavem regularmente a área ao redor do frênulo, caso contrário, depósitos de proteínas brancas e fedorentas (chamados de “smegma”, o popular “queijinho”) podem se formar aqui.
O prepúcio
Todo o pênis é coberto por uma pele composta de tecido conjuntivo muito frouxo e sem gordura, altamente flexível e expansível. Isso permite que a pele se ajuste aos diferentes tamanhos do lingam durante a ereção e também nos permite estimulá-lo movendo essa pele para cima e para baixo. A pele que cobre a glande é chamada de prepúcio.
A área à esquerda e à direita do frênulo, abaixo da glande na parte inferior do lingam existem várias glândulas que secretam fluidos, e é importante que os homens lavem regularmente a área ao redor do frênulo, caso contrário, depósitos de proteínas brancas e fedorentas (chamados de “smegma”, o popular “queijinho”) podem se formar aqui.
O próprio prepúcio corresponde ao capuz do clitóris feminino e serve para proteger a glande sensível contra fortes atritos e lesões. Isto também a mantém macia e úmida. O prepúcio consiste em duas camadas de pele – o prepúcio externo e interno. A pele externa se parece com o resto da pele ao redor do pênis, enquanto o prepúcio interno é uma membrana mucosa, semelhante à pele dentro da boca. Essas duas camadas contêm muitas terminações nervosas, que estão especialmente concentradas na ponta.
Normalmente, o prepúcio pode ser facilmente puxado para expor a glande e, durante as ereções, isso acontece automaticamente. Geralmente a estimulação direta da glande é sentida como áspera ou desagradável. A forma popular de masturbação é friccionar o prepúcio na glande com movimentos de vai-e-vem. Infelizmente, muitas vezes se restringe a essa técnica de masturbação, que pode aumentar a incidência de ejaculação precoce.
Um dos benefícios da massagem tântrica é que ela permite que os homens expandam sua experiência de excitação e sensualidade além das técnicas usuais. Isso promove uma relação mais madura entre um homem e seu pênis, tornando-o um amante melhor e mais duradouro.
Circuncisão
Muitos homens são circuncidados; alguns por motivos religiosos e outros por motivos culturais ou médicos. Ser circuncidado ou não não faz muita diferença na hora do sexo.
Os defensores da circuncisão apontam que o procedimento reduz o risco de câncer de pênis e também reduz significativamente (cerca de 60%) o risco de um homem contrair herpes, sífilis ou HIV durante a relação sexual desprotegida.
Por outro lado, os opositores da circuncisão argumentam que o prepúcio protege a glande e a lubrifica, apoiando assim sua capacidade de deslizar. Além de argumentarem que diminui a sensibilidade e a capacidade de controle da ejaculação, já que a pele da glande engrossa para se adaptar a fricção constante com tecidos.
Algumas mulheres sentem que a borda larga que se forma quando o prepúcio se contrai atrás da glande é estimulante durante a relação sexual e, de fato, existem anéis no pênis que servem para esse motivo.
Muitos médicos sugerem a circuncisão para homens que sofrem de fimose (condição onde os anéis do prepúcio são mais estreitos que a largura peniana, impedindo que a glande saia durante a ereção e causando dor durante a excitação).
Testículos
O escroto é uma bolsa de pele solta, macia e móvel. Tem poros grandes e costuma ter poucos pêlos. O escroto fica entre o lingam e o períneo e é formado pelo mesmo tecido embrionário dos lábios externos da vulva enquanto os testículos correspondem aos ovários.
O escroto se expande no calor e se contraia no frio e durante a excitação sexual. Regulando a temperatura necessária para a produção de espermatozóides (cerca de dois graus a menos que o restante do corpo). Os dois testículos ovais no escroto se movem para cima quando o escroto se contrai. O medo e o choque também levam a uma contração do escroto, fazendo com que os testículos fiquem pequenos e puxem firmemente contra o corpo.
Embora os testículos possam ser sentidos de fora, eles fazem parte dos órgãos reprodutivos internos, assim como os epidídimos, ductos espermáticos, vesículas seminais, glândulas de Cowper e próstata.
Os testículos têm a forma de duas pequenas ameixas e podem ser de tamanhos diferentes ou repousar em diferentes elevações no mesmo homem. Geralmente, o testículo direito é um pouco maior e fica um pouco mais alto que o esquerdo, mas há muitas exceções.
Os testículos parecem cheios e elásticos, mas não gostam de ser espremidos, empurrados ou manuseados com força. Eles são especialmente sensíveis a toques súbitos se o lingam não estiver ereto. Isso é por causa do invólucro muito sensível que os envolve. Mais agradáveis são os toques suaves e gentis, incluindo um puxão suave no escroto.
Uma boa maneira de tocar os testículos é fazer um anel com o polegar e o indicador ao redor do escroto acima dos testículos – tomando cuidado para não espremê-los, e deslizando os dedos suavemente como se estivesse “pegando”o saco e fosse puxar para cima. Muitos homens acham este “anel testicular” muito estimulante, e muitas vezes aumenta a ereção. Ao soltar o anel testicular, reserve um momento para sentir os cordões espermáticos entre os dedos. Você também pode desdobrar suavemente a pele do escroto e fazer uma leve massagem. O toque suave, a fricção e o puxão dos testículos estimulam a produção de testosterona e aumentam a contagem de espermatozóides. A massagem no saco escrotal também pode ser muito prazerosa, você pode massagear de maneira mais vigorosa e até puxar o saco desde que não faça o mesmo com os testículos (os ‘ovos’) que são as partes delicadas.
Enquanto alguns homens acham a massagem nos testículos muito prazerosa, outros não gostam. É preciso alguma sensibilidade para entender qual o toque é prazeroso para o seu parceiro e qual não é. Se você estiver massageando os testículos do seu parceiro, preste atenção aos sinais dele – gemidos e sons de “sim” dizem para você continuar, o silêncio mostra que não está excitando, enquanto pequenos ruídos não prazerosos, balançando a cabeça ou gestos indicam que é desagradável. No caso de dúvida pergunte. Pode ser que ele tenha alguma resistência em falar que não está gostando para não te desagradar, mas peça para que te mostre e guie e aprenda com ele.
Os testículos produzem espermatozóides e testosterona. Enquanto os hormônios são absorvidos pelo organismo, os espermatozoides se deslocam para os epidídimos, onde amadurecem e ficam armazenados até a ejaculação ou reabsorção. Eles estão localizados na parte de trás dos testículos e podem ser sentidos na parte inferior do escroto. Eles são muito sensíveis à pressão e devem ser tocados apenas com muito cuidado.